Eliana Guanes, de 59 anos, morreu após ser vítima de um ataque brutal na tarde de ontem (6), numa fazenda na região do Pantanal da Nhecolândia, zona rural de Corumbá, distante 428 quilômetros de Campo Grande. A mulher, que trabalhava como faxineira na propriedade, teve o corpo queimado após o capataz da fazenda, Lourenço Xavier, de 54 anos, jogar gasolina sobre ela e atear fogo.
O crime ocorreu por volta das 15h, em área de difícil o, o que exigiu o deslocamento aéreo de equipes do Corpo de Bombeiros. Eliana foi socorrida em estado grave por uma aeronave do GOA (Grupo de Operações Aéreas), com apoio da Ursa (Unidade de Resgate Avançado), e levada à Santa Casa de Campo Grande, onde faleceu ontem mesmo devido à gravidade das queimaduras.
Lourenço foi preso em flagrante horas após o crime. Ele já possui agens criminais por ameaça, furto e violência doméstica, conforme consta no sistema da polícia.
Um vídeo feito logo após o crime mostra o desespero de testemunhas. Uma mulher que aparece nas imagens afirma que Eliana estava desacordada e aguardando socorro.
“Olha a situação que está a mulher e nada de socorro. Ela está desmaiada. Eu estou muito nervosa e com medo de ficar aqui, desse homem solto por aí, fazer alguma arte com a gente”, disse.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, o delegado Fillipe Araújo Izidio Pereira, responsável pela investigação, disse que o caso é tratado como feminicídio.
“Algumas informações iniciais e áudios que tivemos o dão conta de que ele teria proposto um relacionamento à vítima, mas ela disse não. Ele não aceitou e, por esse motivo, ateou fogo nela. Por esse menosprezo ao gênero da mulher, à condição de mulher, o crime se enquadra como feminicídio sim, apesar de não haver relação íntima ou familiar entre eles”, explicou o delegado.
Matéria: Campo Grande News